Processos de fiação - fibras naturais ou descontínuas



Fiação de fibras descontínuas: fio fiado
Fibras curtas
Fibras longas

Fiação de fibras curtas
Processos mais usados no Brasil:
Fiação a rotor
Fios Open-End
Fiação convencional (fiação a anel)
Fio cardados
Fios penteados
Outro processo: Fiação a ar (Jet Spinner).

Fiação de fibras longas

Processo mais usado no Brasil: Fiação convencional (fiação a anel)
Fio cardados
Fios penteados. LOBO (2014).

De acordo com Ribeiro (1984), a fiação convencional (filatório de anéis) do algodão segue as seguintes etapas:

Máquina ou Setor: Sala de abertura.

Finalidade: Abrir; limpar; misturar; uniformizar o peso/unidade de comprimento.

Produto de Saída: Rolo de manta ou flocos.














 Abertura de fardos de algodão




Máquina ou Setor: Carda
Finalidade: Abrir; limpar; cardar (separa as fibras quase que individualmente, colocando-as lado a lado);  estirar (afinar o produto).
Produto de Saída: Fita de carda.
Fita de carda


Máquina ou Setor: Passador.
Finalidade: Uniformizar o peso/unidade de comprimento; estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); misturar.
Produto de Saída: fita de passador.
Exemplo de passador


Setor: Setor de Penteagem
Máquinas: Reunideira; Laminadeira; Penteadeira.
Finalidade: Uniformizar o peso/unidade de comprimento; estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); misturar.
Produto de Saída: Rolo de reunideira; rolo de laminadeira; fita de penteadeira.
Penteadeira Rieter



Máquina ou Setor: Maçaroqueira.

Finalidade: Estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); torcer (aplicação de uma pequena torção para que possa ser enrolado e desenrolado).

Produto de Saída: Pavio.





Máquina ou Setor: Filatório
Finalidade: Estirar; paralelizar; torcer (aplicação de torção final ao produto singelo)
Produto de Saída: fio singelo.

Máquina ou Setor: Conicaleira.
Finalidade: Transferir o fio para a bobina
Produto de Saída: bobina.

Máquina ou Setor: Retorcedeira.
Finalidade: Unir dois ou mais fios.
Produto de Saída: fio retorcido.


Fiação Open-End: Processo mais curto de obtenção de fios

Máquina ou Setor: Open-End
Finalidade: Abrir; limpar; estirar; torcer.
Produto de Saída: fio singelo.
Fiação a rotor/Open-End


De acordo com Lobo (2014), estas são as vantagens da fiação por rotor:
Dentre os métodos não convencionais é o mais usado.
Melhor desempenho com fibras curtas.
Por não passar pela maçaroqueira e pela conicaleira, simplifica e diminui o processo.
Ocupa menos espaço.
Maior volume do fio.
Produz cinco vezes mais que a fiação convencional.
Desvantagens da fiação por rotor:
Custo maior da máquina.
Toque áspero do fio.
Fios mais rebeldes.
 
Há também uma resistência menor do fio, de aproximadamente 20%.

Referências:
LOBO, Renato Nogueirol. Fundamentos da Tecnologia Têxtil: da concepção da fibra ao processo de estamparia. São Paulo: Érica, 2014.
RIBEIRO, Luiz Gonzaga. Introdução a Tecnologia Têxtil. Rio de Janeiro: SENAI/CETIQT, 1986, V.I.
SENAI. Departamento Regional de São Paulo. Tecnologia dos processos têxteis. São Paulo: SENAI, Dep. Regional de São Paulo, 2015.

Por Tatiana Longhi
Mestra em Design

Ao usar texto como referência:
LONGHI, Tatiana.  Processos de fiação - fibras naturais ou descontínuas. Disponível em: <http://atelierdilonghi.blogspot.com.br/2017/12/processos-de-fiacao-fibras-naturais-ou.html>. Acesso em: 06 dez. 2017.









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